sábado, 26 de julho de 2014

Cavalos Marinhos


Pesquisadores encontram cavalos-marinhos na Baía de Guanabara.



A descoberta de cavalos-marinhos na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, surpreendeu até pesquisadores experientes.


local é símbolo da poluição, mesmo com um tratamento que já tenta há 20 anos resgatar a qualidade da água. Por isso a novidade chamou tanto a atenção, já que os animais não conseguem viver no meio da sujeira. 

Cavalos-marinhos não vivem em água poluídas. São espécies sensíveis que vem desaparecendo rapidamente de várias partes do litoral brasileiro.

“Os maiores inimigos do cavalo marinho no Brasil são o esgoto, o lixo doméstico, a coleta dele para aquários e o uso dele em seitas religiosas”, explica César Bernardo Ferreira. Professor de química e biologia, ele mergulha há 20 anos na Baía de Guanabara.

Há pouco mais de um ano, ele se surpreendeu com o reaparecimento de cavalos-marinhos na região. Nossa equipe foi autorizada a acompanhá-lo em um mergulho. A pedido dele, a localização exata do mergulho não será revelada, para evitar a pesca predatória na Baía de Guanabara.


“Esse aqui é um macho, tá grávido. É o macho que engravida. Ele tem uma bolsa incubadora a fêmea deposita os óvulos dentro da bolsa dele onde ficam os espermatozóides que fecundam os óvulos”, explica.

César continua a busca e encontra com facilidade outras espécies. Cada cavalo-marinho é medido com a ajuda de uma régua. O professor faz anotações ali mesmo, debaixo d’água. As informações serão úteis para a tese de doutorado dele.

Hoje encontramos três casais e todos os machos estavam grávidos. Para o biólogo marinho Marcelo Szpilman o reaparecimento dessas espécies indica que houve melhoria da qualidade da água em alguns locais da Baía de Guanabara. “Eu acho absolutamente surpreendente. O cavalo-marinho é um grande bioindicador de qualidade ambiental. Não é preciso ser profissional para saber que a Baía de Guanabara não está lá essas coisas. Me surpreende como qualquer pesquisador encontrar cavalos-marinhos ainda na Baía de Guanabara”.


“Quando você protege o cavalo-marinho você protege toda a Baía de Guanabara, todo ecossistema marinho e consequentemente isso volta para a gente”, diz César Bernardo Ferreira.




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